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Vamos falar dos tabus organizacionais

Hoje vamos abrir uma discussão em série sobre TABU. Sobre o impacto nas nossas vidas e mais objetivamente sobre a existência dele dentro das organizações. Há uma confusão inicial entre tabu e crença. O tabu pressupõe uma forte crença, mas nem toda crença é um tabu. O tabu carrega em si uma interdição, uma restrição, que se desrespeitada, acarretaria uma punição individual ou coletiva. 

Somos seres simbólicos e atribuímos sentidos diferentes a rituais, objetos, pessoas, lugares, animais, comida etc. Enquanto sociedade estabelecemos nossas regras, nossos acordos e nossas interdições. Quanto mais complexas nossas intersecções culturais mais diversas, mais presentes e misturados essas regras e entendimentos ficam. Mais atentos e conscientes precisamos estar para compreender uma gama maior de simbologias e poder conviver com mais respeito. (Conversa para muitos outros momentos).

Os tabus são apreendidos culturalmente, ensinados aos indivíduos dentro de suas famílias, em sociedade e dentro da cultura de nossas empresas. Pessoas, ambientes, lugares, objetos, estados passageiros, animais, alimentos podem ser tabu. Pessoas e objetos se tornam sagradas ou afetadas por maldição e então intocáveis, lugares se tornam proibidos para alguns elementos, alimentos são interditados, momentos em nossa vida como luto, puerpério são acompanhados por regras mais ou menos severas dependendo do entendimento do ritual de passagem.

Nas organizações pelas quais circulamos em nossas carreiras, os tabus internos convivem com os tabus que trazemos de fora enquanto indivíduos pertencentes a um grupo culturalmente representado, seja ele qual for. As relações e ambientes das empresas são permeadas por tabus e códigos finos que oferecem intensidade e particularidades organizacionais. Nenhuma empresa é igual a outra. Existem ambientes e lugares interditos, regras de convivência que se quebradas levam à punição. Já trabalhei em culturas organizacionais nas quais caminhar por corredores da diretoria era proibido em 2018 (!), que família proprietária e funcionários almoçavam alimentos diferentes em ambientes diferentes e separados em 2019 (!), que vozes femininas em reunião com o CEO não eram bem vindas e que falar em equidade salarial de gênero era punida com risada de lado. Mas tabus também podem edificar compromissos importantes e empoderadores. Há tabus permanentes e outros temporários. Voltaremos ao tema.

E na sua empresa, tem tabu por ai?

Danielle Moro, sócia da Veropequi

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