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Quero queimar o body de bebê com o logo da empresa.

Me perguntaram o que eu acho, como mãe, das empresas promovendo mulheres grávidas, mandando kit para os bebês, emitindo crachá corporativo para as crianças e fazendo promoção e propaganda em cima disso tudo. 

Eu acho que sim, as empresas devem fazer propaganda, noticiar e publicar esses feitos com as mulheres grávidas e bebês até porque é um movimento recente e muito valioso para as mulheres que querem ter como opção conciliar a maternidade com a carreira. A primeira mulher grávida na capa de uma revista de negócios foi em 2019 e no Brasil em 2020, algo ridiculamente recente. 

Já passei pela experiência de recrutar 02 profissionais e o homem ser escolhido pois a mulher, melhor candidata para a vaga, estava “com idade para ter o segundo filho”. Fiquei em choque ao experimentar essa realidade da maternidade no trabalho quando ainda tão jovem nem tinha parado para pensar que esse preconceito existia. Liguei para uma amiga que trabalhava com RH e ela só confirmou que a realidade era aquela mesma.

Minha vontade em queimar o body com logo vem do fato das empresas se apegarem apenas aos reflexos da publicidade para a corporação, ficando na espuma dessa discussão, tendo um RH em que o debate maior é sobre a cor do body e se o logo deve ficar no centro ou do lado direito ou esquerdo. 

A área de Gente volta seu olhar para a mãe, a mulher, e não somente o bebê. A área de Gente prepara o time para entender as necessidades da mulher grávida e/ou com bebê. Ensina seus pares que os horários das reuniões devem ser respeitados para que seja possível que essa profissional consiga conciliar a maternidade e o trabalho. Explica a complexidade da maternidade e alinha com o time como ajudar e ser parceiro da mãe que trabalha e precisa seguir com sua carreira.

A empresa que coloca “cuidar de gente” como um valor precisa estar ciente que as ricas competências adquiridas na maternidade terão reflexo no trabalho quando a mãe conseguir conciliar o afeto pelo seu bebê e a dedicação na carreira, o que pode demorar um pouco, mas depois desse tempo, a profissional volta com toda a disposição, engajamento e querendo retomar suas atividades. Esse “demorar um pouco” está ligado à primeira infância da criança, período em que seu desenvolvimento impactará até mesmo na formação de um cidadão, refletindo também na sociedade. Os países que igualam a licença paternidade à licença maternidade já entenderam desses impactos. Com tamanha responsabilidade, as empresas precisam enxergar o real valor da maternidade e não apenas a ausência de uma profissional no trabalho. 

Minha “briga” não é pelo body, mas para que a discussão maior seja a mãe e sua carreira, que o body se torne uma simbologia desse momento. Quando estiver andando pelos corredores e escutar uma turma discutindo sobre puerpério, aí sim vou acreditar que a área de Gente está fazendo um bom trabalho.

Viva a maternidade real!

Natália Brasileiro

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